Antes de 2020, Phil Reynolds passou 16 anos trabalhando na implementação de PAs, projetando e trabalhando como consultor de configurações de alto-falantes para grandes locais de shows, como o Coachella, e em turnês com bandas como Foo Fighters e Odesza.

“Eu fazia coisas grandes de PAs e som.”

Quando a pandemia veio, a especialidade de Phil foi uma das mais atingidas. Ele pensou: Como posso adaptar meu superpoder, que é conectar e controlar sistemas de áudio para shows presenciais — para eventos transmitidos ao vivo, entregando a mesma emoção e fidelidade de estar lá pessoalmente?

Phil se dispôs a aprender a fazer remotamente tudo que ele fazia presencialmente. A tecnologia ainda não estava no ponto certo, mas ele sabia que estava chegando lá bem rápido. Com o aprendizado e conversas com marcas líderes em AV, como a Dante, ele começou a construir um novo modelo que lhe permitiria gerenciar remotamente e fornecer áudio e vídeo de alta fidelidade por streaming. Isso significava cuidar de todos os aspectos de um evento ao vivo, todos os feeds de áudio e câmera, todos os canais de intercomunicação, todos os equipamentos de iluminação em um centro de dados privado, para que cada um pudesse ser controlado e mixado de qualquer lugar do país. E ele construiu esse modelo em torno do Dante.

Dante:

Você trabalha com locais de que tamanho?

Phil:

Desde sala de reuniões corporativas até locais do tamanho do Coachella. E, independentemente do tamanho, podemos entregar os controles de AV a um engenheiro, ou a uma equipe de engenheiros, em qualquer lugar do país.

Dante:

Como é um dia normal seu?

Phil:

Normalmente, passo os dias descobrindo a melhor abordagem para um projeto. Agora, por exemplo, estou pensando em como posso transmitir algo do meu escritório, encaminhar para Nashville, até Nova York, passando pela Califórnia e de volta até aqui… Qual velocidade consigo alcançar usando a menor quantidade de hardware possível?

Dante:

Que software Dante você usa?

Phil:

No momento, estou trabalhando com uma grande igreja. Construímos uma ponte Dante personalizada entre a igreja e nosso estúdio capaz de lidar com até 256 canais. Como transportamos o áudio? Isso é com o Dante Connect. Como monitoramos? É com o Dante Connect. Ele monitora a latência e os pacotes. E usamos o Dante Virtual Soundcard para gravação. Esse é o kit que temos em ambos os lados. Depois, posso encaminhar esse stream para qualquer lugar usando o Dante Domain Manager. Assim, tudo fica interconectado de maneira simples e infalível.

Dante:

Que produtos compatíveis com Dante você usa?

Phil:

Sou um grande fã do Focusrite RedNet. Fui um dos primeiros engenheiros a levá-lo para a estrada, quando eu estava em turnê com The Killers, há muito tempo. Mas, na verdade, nosso segredo são nossos servidores personalizados, builds personalizados de firmware e software. Também usamos principalmente a Cisco para nossa malha de rede, juntamente com overlays personalizados e o que chamamos de ponte elástica.

Dante:

Com quais recursos do Dante você está mais animado?

Phil:

O monitoramento remoto com Dante. É uma prioridade nossa, mas ainda não mexemos com ele.

Dante:

Você tem usado o Dante de algum jeito criativo?

Phil:

Grandes entidades, como ESPN e CBS, usam o Dante Connect, mas acho que sou uma das primeiras pessoas a levá-lo para o nível do usuário comum. E nossos clientes ficam chocados com o que veem. Eles dizem: “Como você consegue fazer isso com uma largura de banda tão estreita?” E ficam chocados com a simplicidade. Por exemplo, em um de nossos projetos recentes, não enviamos ninguém para o local; só pedimos para que eles conectassem um rack à Internet, usassem SDI para vídeo e o Dante para uma ponte. O principal comentário deles foi: “Foi tão fácil.”

“É aqui que superamos muitas dessas grandes empresas. Sim, elas fazem streaming, mas sinto que estão apenas entregando o pacote, não o serviço. O que oferecemos é uma maneira agnóstica e supersimples de gerenciar streams.”

Dante:

Ainda bate uma preocupação toda vez que um de seus eventos remotos vai ao ar ao vivo?

Phil:

É só uma expectativa. Sinto que, sempre que aperto o botão para começar, é como se estivesse novamente esperando o primeiro bumbo ou vocal a sair do PA no Coachella. Depois que ouço, é hora de trabalhar.

Dante:

O que mais deixa você empolgado com o futuro dessa indústria?

Phil:

Muitos agentes de artistas e gerentes de produção estão só começando a assimilar a ideia de assumir o controle e o gerenciamento de seu evento ao vivo fora do local, e isso é empolgante. O tom mudou no último ano; está começando a se tornar uma conversa.

Mas o que me empolga de verdade é capacitar os artistas. Podemos ajudar uma banda a transmitir seu próprio show, e esse show pode ser mixado pelo engenheiro favorito deles de qualquer lugar do mundo, oferecendo essa experiência diretamente ao seu público com uma qualidade absurdamente alta.

E capacitar os engenheiros. Porque, depois de mixar, digamos, o Grammy ou a Beyoncé, você chegou a um determinado nível e agora pode ficar sentado no seu estúdio, não em uma plataforma que foi retirada de um caminhão seis horas antes e levada de um lado para o outro. Toda essa angústia acabou, e agora você pode se concentrar no seu trabalho. Isso é algo totalmente diferente. Agora, você só pensa em como o público vai vivenciar esse evento.